Pesquisa Viver em São Paulo mostra que, além da perda na renda, 77% dos paulistanos consideram que a pandemia aprofundou r a precarização do trabalho
Quase 60% dos moradores de São Paulo, cidade mais rica do país, perderam renda em meio à pandemia do novo coronavírus. Além disso, 77% dos paulistanos consideram que a pandemia aprofundou a precarização do trabalho. Entre as principais queixas, estão baixos salários, trabalho sem carteira assinada, sem garantias e com jornadas muito longas.
Segundo a pesquisa, 12% dos moradores perderam completamente a renda, 29% afirmaram que as receitas diminuíram muito e 18%, que diminuiu um pouco. Outros 32% apontaram que a renda continua igual e 4% disseram que tiveram aumento.
Futuro do trabalho
Dos 800 entrevistados pela Rede Nossa São Paulo, 7% perderam o emprego na pandemia e 8% ficaram algum tempo sem trabalhar no período. Em abril, eram 6% e 21%, respectivamente. Além disso, 38% afirmaram que a jornada de trabalho diminuiu por causa da pandemia, praticamente o mesmo número de abril (40%). Para 30% não houve mudança na jornada de trabalho e 11% consideram que houve aumento.
Em relação ao futuro do trabalho, 44% acreditam que ainda haverá demissões em massa e maior precarização nas contratações, após a pandemia. Outros 63% dos paulistanos acreditam que o home office deve ser adotado definitivamente como principal forma de trabalhar para algumas áreas de atuação.
Por fim, a pesquisa mostrou que 47% dos paulistanos das classes A, B e C consideram que as medidas de higiene e distanciamento social devem passar a ser permanentes em estabelecimentos de comércio ou serviços.