IBGE estima total de desempregados em 13,7 milhões, quase 4 milhões a mais do que em maio. E 8 milhões seguem em “home office”
Com aumento da procura por trabalho, a taxa de desemprego atingiu o maior nível neste período de pandemia, segundo o IBGE. Com 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de algum trabalho, a taxa subiu para 14,3% na última semana de agosto. Era de 13,2% na semana anterior e de 10,5% no início de maio. O total de desempregados é estimado em 13,687 milhões, quase 4 milhões a mais do que em maio, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid).
O total de ocupados agora é estimado em 82,174 milhões. Na primeira semana de maio, eram 83,945 milhões.
Distanciamento afrouxado
“No início de maio, todo o mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura”, comenta a coordenadora da pesquisa que retrata o desemprego, Maria Lucia Vieira. “O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades.”