Secretaria da Educação disse que o programa foi suspenso 'porque estava em formato virtual'. Após ataque que deixou uma professora morta em SP, secretário afirmou que pasta prevê contratação de 150 mil horas de atendimento psicológico e psicopedagogo em escolas estaduais.
Escolas estaduais de São Paulo estão sem atendimento psicológico há pelo menos um mês. Em fevereiro de 2021, durante a pandemia, o governo João Doria iniciou o Psicólogos na Educação, no entanto, professores receberam um aviso em fevereiro deste ano avisando sobre a suspensão do programa.
Um professor da rede estadual informou ao g1 que, atualmente, o governo não possui nenhum programa de apoio psicológico para alunos e o corpo docente.
"Não existe. Eu mesmo precisei e fui informado que havia sido cancelado por causa da troca de governo. Esse programa foi criado durante a pandemia, mas é óbvia sua importância para a comunidade escolar. Há diversos alunos e professores com problemas psiquiátricos."
Ele recebeu um e-mail da Secretaria da Educação informando que o programa foi suspenso em 25 de fevereiro deste ano:
"Informamos ainda que se encontra em andamento processo para licitação voltado à contratação de empresa para prestação de serviços em Psicologia na modalidade presencial, em atendimento à necessidade da Secretaria de Educação e solicitações da rede. Em momento oportuno serão divulgadas às Diretorias de Ensino maiores informações e orientações em relação à retomada dos serviços".
Procurada pelo g1, a pasta disse que o programa foi suspenso "porque estava em formato virtual". O Psicólogos na Educação fazia parte do programa Conviva, criado em 2019, que tem como objetivo, segundo o governo:
Em coletiva de imprensa na segunda-feira (27) sobre o ataque a escola na Zona Oeste de São Paulo que deixou uma professora morta, Renato Feder, secretário da Educação, informou que disponibilizou uma equipe de psicólogos exclusivamente para a Escola Estadual Thomazia Montoro.
Feder disse que está no cronograma da pasta a "contratação de 150 mil horas de atendimento psicológico e psicopedagogo para escolas estaduais".
"A gente fazia atendimento virtual na época da pandemia. Independente da tristeza de hoje, já está no cronograma a contratação de 150 mil horas de atendimento de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. Então o processo está na cotação de preços, e mais algumas semanas vamos fazer essa licitação, já estava no planejamento isso para o atendimento presencial", continuou.
A pasta informou também que o programa Conviva terá novos 5 mil profissionais, que ficarão dedicados à aplicação das políticas de prevenção à violência nas unidades de ensino.