A taxa de desemprego caiu em 18 estados brasileiros no segundo trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nas outras nove unidades da federação (UFs), o índice ficou estável, com oscilações menos expressivas na comparação com o primeiro trimestre do ano. Veja abaixo.
As maiores taxas foram de Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) e as menores, de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
De acordo com o IBGE, a média geral de desemprego no Brasil foi de 5,8%, uma queda em relação ao primeiro trimestre, quando a taxa era de 7%. Este é também o menor índice registrado para o período desde que o IBGE passou a calcular o indicador, em 2012.
???? O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais.
"O primeiro trimestre mostrou que o mercado conseguia absorver grande parte da mão de obra temporária. Agora, os dados do segundo trimestre confirmam que o mercado continua resistente a pioras, indicando um cenário positivo", afirma William Araújo, pesquisador do IBGE.
Segundo ele, isso explica o aumento do emprego formal e a redução da informalidade no país.
Menor escolaridade concentra maior taxa de desemprego
A pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira também compara os níveis de desemprego segundo gênero, cor ou raça e nível de escolaridade.
Redução no tempo de busca por emprego
No segundo trimestre de 2025, menos pessoas estavam desempregadas em todas as categorias de tempo que elas levam para procurar trabalho, se comparado ao mesmo período de 2024.
Algumas faixas de tempo registraram os menores números já vistos para um segundo trimestre desde 2012, mostrando melhora histórica no mercado de trabalho.
As exceções foram:
Maranhão registra a maior proporção de desalentados e informais; Santa Catarina, a menor
O percentual de desalentados — pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego — no país chegou a 2,5% no segundo trimestre de 2025.
Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto os menores foram registrados em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%). Em seguida, vinham Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo (todos com 0,9%).
Já a taxa de informalidade, ou seja, trabalhadores sem carteira assinada, foi de 37,8% da população ocupada no país.
As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).
Segundo William Araújo, Santa Catarina, onde os índices eram os menores, é a unidade da federação com a maior participação na indústria, com 23% da população ocupada no setor, o maior percentual do país.